sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Fotos

Publicados• 1 de dez. de 2012

    Após passar por uma região de dunas, um cara com um BMW apareceu indo na mesma direção.

    Paramos para conversar. Era um argentino indo para o Equador também. Já tínhamos nos encontrado anteriormente, mas apenas acenamos e seguimos nosso destino.
    Este é o Francisco Pancho que está em viagem ha dois anos e meio e gora indo para o Equador.




Próximo a fronteira com o Equador a 350 km



Na aduana do Equador






No equador - Uma cerveja para baixar a areia da garganta


Já no Equador - Um camarãozinho empanado para matar a fome.




quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Apenas fotos.

Publicados• 29 de nov. de 2012


Fotografando e andando para não perder tempo



Retas e mais retas....

México próxima a cidade de Comitam - Rumo ao norte.



Fotografando para passar o tempo.



A estrada persegue a chuva...






As figuras de Nasca


De quantas octanas quieres senior?


Transito selvagem

   Publicados• 27 de nov. de 2012

    Chegando nas imediações de Lima ainda na rodovia Pan-americana, o comportamento dos motoristas pode-se afirmar que é selvagem. Limites de velocidade não são respeitados de forma alguma. Aí no Brasil também isto acontece, mas somente estando aqui para acreditar. É coisa de louco e se você descuidar os caras te jogam no chão. Não respeitam motociclistas. A disputa pelo espaço nas ruas é absurda. É de quem chegar primeiro. Preferencial? nem pensar! Dirigem buzinando a todo instante! Nunca escutei tanta buzina em minha vida. Comparando o transito daqui com o nosso, meu Deus! O nosso é muito mais civilizado! Eu nunca pensei que um dia eu faria esta afirmação sobre o nosso transito. 

    Portanto quando me deparei com esta verdadeira zona, resolvi não arriscar em ir para o centro da cidade e decidi ficar por aqui mesmo. Fiquei no primeiro hotel que encontrei. 

    Após tomar um banho, fui procurar um lugar para comer e fui de táxi. Minha nossa senhora! Tudo o que você imaginar de errado em condução no transito, aqui você encontra. Andar de táxi aqui é uma verdadeira aventura. Não sei como o taxista chegou sem bater o carro ao centro da cidade. Confesso que fiquei nervoso e estes caras conseguiram me assustar! A melhor coisa que fiz nesta viagem, foi ficar no hotel longe do centro da cidade. Bem, agora terei que me dirigir a rodovia Pan-americana e só de pensar me frio na barriga.


Centro histórico da cidade de Arequipa muito bem conservado.
Um exemplo que os brasileirinhos deviam seguir.








Arequipa - vulcão ao fundo



Ao fundo, o por do sol no Pacífico


Em direção à Lima margeando o Pacífico pela rodovia Pan-americana











terça-feira, 27 de novembro de 2012

Senõr! Tengo una habitación


Publicados• 25 de nov. de 2012

    Após corrigir a rota a qual eu acabei indo em direção oposta à cidade de Cusco, não tive alternativa a não ser  ficar na cidade de Cicuani. Por causa dos atrasos que aconteceram nos dias anteriores, tentei chegar a Cusco em uma tacada só (850 km) saindo da cidade de Assis Brasil fronteiriça ao Peru, e desta forma, tive que rodar durante a noite pelos confins da cordilheira dos Andes.

Durante o dia a temperatura estava agradável até o momento que comecei a subir a cordilheira dos Andes na serra Madre de Dios já no fim do dia. Comecei a subir e a temperatura começou a cair.

    Continuei até o momento em que não deu mais para suportar o frio. Parei e troquei a jaqueta de couro por uma jaqueta com aquecimento elétrico que comprei especialmente para esta viagem. Nossa como é boa. Funcionou muito bem e agora eu estava pronto para prosseguir até Cusco, porém, à medida em que ia subindo, a neblina (nuvens) foram aparecendo e aí o bicho pegou.  

    Devido a sinuosidade da estrada, a velocidade é baixa (40 km/h) e com neblina, caiu para 20 Km/h. Ao passar por uma placa indicativa consegui ver de relance no meio da neblina a altitude naquele local (3675 metros) e subindo. As gotículas da neblina formavam gotas maiores na superfície do para-brisa e desta forma a visão ficou ainda mais complicada, mas, nada como levantar a cabeça e olhar por cima do para brisa e receber o vento direto...Bem, de qualquer forma eu tinha que prosseguir, pois lá encima não havia nada. 

    De vez em quando aparecia um povoado o qual me incentivava a ir em frente. Já eram 23:00h e o cansaço começou a aparecer quando a neblina finalmente foi embora, ou seja, as nuvens ficaram abaixo de mim. Algumas estrelas podiam ser vistas e este era um bom sinal, pois, agora eu estava livre da neblina. Ao olhar para o lado esquerdo, avistei um sequencia de picos um pouco mais altos em relação ao local onde eu estava e o que me chamou a atenção foi o branco do gelo que os cobriam refletido pela luz da lua e a placa indicando 4750 metros de altitude. 

    Certamente eu teria fotografado se não fosse noite.
Eu sabia que estava próximo a Cusco, pois já havia percorrido 830 km e agora a estrada estava na descendente, ou seja, estávamos descendo. Em um ponto da estrada bem lá no fundo, avistei as luzes que pareciam ser de uma grande cidade e deduzi que poderia ser Cusco. Calculei que seriam mais 40 minutos até chegar lá, mas, creio que o cansaço e o sono, não me deixaram ver em uma bifurcação se é que existia, a placa indicando a direção para Cusco. Finalmente cheguei às duas horas da manhã a uma cidade chamada Cicuani à uma hora e meia de Cusco.


Cidade de Cicuani - Peru


Cidade de Cicuani a 125 Km de distancia de Cusco





Pacífico ...
    Entrei na cidade à procura de um hotel com estacionamento e ao avistar dois guardas, pedi informações e este me indicou um hotel o qual eu já havia passado, porém, o mesmo estava fechado e não havia nenhum indício de qualquer atividade na recepção. Prossegui um pouco mais adiante, mas, não encontrei nada. Resolvi retornar e quando cheguei na frente ao hotel que aparentemente estava fechado, uma pick-up estava entrando na garagem. Parei, desci da moto e fui em direção de uma mulher que estava fechando o portão, e ao perguntar a ela se havia um quarto, a mesma disse NO. No ai! e fechou o portão rapidamente. Retornei para a moto e fiquei alguns segundos pensando o que fazer...Talvez dormir em cima da moto...De repente a mesma mulher abriu a pequena porta e me disse. Senõr! Tengo una habitacion, Puedes venir. Mais uma vez, agradeci enormemente a Deus (o cara lá de cima).

Em direção a Lima - Retas e mais retas






Pouco antes de chegar ao Pacífico 

Primeira vista do Pacífico

domingo, 25 de novembro de 2012

O buraco


Publicados• 26 de nov. de 2012

24/11/2012

    Cheguei a Rio Branco no início da noite e decidi ficar por lá mesmo. Minha intensão era prosseguir até a divisa com o Peru, porém pelo fato de não ter conseguido trocar o óleo da moto, eu não quis arriscar a rodar mais 450 km. 
    Na cidade de Porto Velho eu tentei fazer a troca mas não foi possível. Em uma das lojas que lá pesquisei, ao perguntar se tinha o óleo da marca MOTUL, a atendente replicou... óleo da marca MUTUM? respondi MOTUL . Pela pergunta da atendente, já foi possível ter uma ideia de que eu não encontraria o tal óleo. Na sequencia, ela me ofereceu um óleo disponível na loja. Ao ver, eu disse... Não, este óleo não atende a especificação e ela me respondeu. Óleo é tudo igual, pode levar este que é muito bom. Bem, não precisa falar mais nada...
    Resolvi então procurar um óleo com as mesmas especificações recomendadas pela Harley.  Andei muito pela cidade sob uma temperatura de 35ºC e quando encontrei uma loja, o cara também não tinha. Já era quase meio dia e eu ainda tinha que ir até uma agencia do correio despachar para São Paulo algumas roupas que eu trouxe em excesso e também uma câmara fotográfica e um GPS quebrado. Desta forma acabei saindo de Porto Velho as 14:00h e decidi fazer a troca do óleo em Rio Branco. 
    Peguei a estrada e pra variar muitos remendos no asfalto, trechos em obras e tudo mais...Em Rio Branco encontrei o óleo dentro das especificações e finalmente consegui fazer a troca no estacionamento do Hotel. Agora mais tranquilo, juntei toda a tralha, tomei mais um banho e fomos para a estrada mais uma vez as 14:30h. 
    A estrada agora com menos veículos (caminhões), ficou mais tranquila, porém, buracos. A BR 317 (Rodovia do Pacífico) já em seu início apresenta trechos deteriorados apesar de ter sido construída recentemente. Após alguns quilômetros, o asfalto ficou bom. Poucos remendos e transito quase inexistente. Viajei praticamente sozinho o tempo todo mas, os buracos reapareceram!  Vocês vão pensar que eu não tenho assunto porque vivo falando da conservação das estradas, mas não dá para não falar pois, me deparei com buraco solitário na imensidão de um trecho bem conservado. Já havia percorrido muitos quilômetros pela estrada em ordem e quando de repente eis que surge o cara. Um tremendo buraco no meio de uma curva que felizmente eu consegui desviar, pois se não tivesse conseguido, certamente seria chão. Não dá pra entender como é possível ter apenas um buraco tão grande, profundo e sozinho em um trecho de asfalto que era um tapete.

    Quando você trafega por uma estrada esburacada, obviamente baixa-se a velocidade, mas neste caso, pelo fato da pista ser um tapete, você acelera mais...
    Este  é um dos perigosos, pois como disse anteriormente, aparece de repente em um trecho no qual você jamais imaginaria que poderia aparecer. Dai em diante, fiquei mais atento. 



Praça do mercado velho de Rio Branco - estado do Acre

Praça do Mercado  em Rio Branco - Acre 


Cair da tarde na rodovia do Pacífico
Sierra Madre de Dios - Peru em direção à Cusco