Travessia do Rio Madeira

Publicados• 23 de nov. de 2012

Divisa do estado de Rondônia, Acre e  Bolívia

Jataí - Goiás

A mensagem do pássaro

Publicados• 22 de nov. de 2012

    Hoje 21 de novembro, saí da cidade de Comodoro no estado de Mato Grosso e percorri mais 850 Km. A BR 070 e BR 174 estavam em boas condições, porém, no estado de Rondônia a BR 174 passa a ser a BR 364 e em precárias condições e com muitos caminhões. Remendos em cima de remendos, ou seja, em Rondônia esta estrada é uma colcha de retalhos com muitos remendos. Estas estradas foram concebidas na década de cinquenta e hoje estão totalmente ultrapassadas em função da quantidade de veículos e da alta capacidade de carga dos caminhões atuais. Coisas típicas de um país subdesenvolvido.

Bem, hoje cedo ao iniciar viagem, a temperatura ambiente agradável e o sol querendo aparecer indicavam que possivelmente a chuva não iria ser tão intensa como no dia de ontem e assim o foi.

    Os caminhões ainda não apareceram e eu estava sozinho na estrada a ponto de poder observar os bichos que acabaram de acordar. Muitos pássaros e o que nunca tinha visto livre na natureza, um tamanduá passeando no capinzal da pastagem de uma fazenda.

    Mas o que me deixou muito contente, foi um pássaro que me acompanhou por alguns instantes sobrevoando a poucos metros acima de minha cabeça.  À princípio pensei que ele ia fazer alguma sujeira. Felizmente isto não aconteceu e desta forma imaginei que ele me acompanhou para me desejar uma boa viagem. A confirmação desta mensagem veio quando cheguei a Porto Velho. Tudo correu muito bem e ambos chegamos inteiros (eu e a Fat), somente um pouco sujos da poeira da estrada.

    Devido a diferença do fuso horário local, ganhei duas horas e desta forma tive tempo para ir até o shopping da cidade e comprar mais uma câmara fotográfica. Espero que esta funcione.

Amanhã sairei do Brasil.

Continua...

Praça e mercado de Porto Velho 

A estrada persegue a chuva

Publicados• 21 de nov. de 2012

    Eu havia previsto que o dia de hoje não iria render muito devido as condições da estrada e da quantidade infindável de caminhões que trafegam por aqui. Pois bem, sendo assim, eu resolvi descansar um pouco mais e acabei saindo do hotel as 10:00h. Choveu a noite toda e de manhã o céu estava nublado acenando que viria mais água por aí.  Após perder quase uma hora tentando sair da cidade, efetivamente comecei a rodar as 11:00h com nuvens negras sobre a cabeça. Como todos nós já sabemos, as placas indicativas são precárias e a organização responsável também. Mas, vamos em frente. Parei em um posto da policia federal e lá estavam vários policiais e me pareceu que estavam se preparando para iniciar o trabalho. Ao parar, demorei alguns segundos para descer da moto. Quando desci e me dirigi em direção aos policiais, todos agiram como se eu fosse atacá-los, todos colocam as mãos em suas armas... Por que será? Bem, perguntei a um deles qual seria a melhor estrada para ir à Porto Velho e me informaram que a BR 070 seria a melhor. De fato, muito melhor e com poucos caminhões. Apesar de sair tarde, por este caminho eu teria conseguido rodar mais mil quilômetros se não fosse a chuva. Foram quinhentos quilômetros de água no lombo totalizando 750 Km.

    No horizonte viam-se as nuvens carregadas e eu rezava para que a estrada fosse em direção contrária, mas a estrada perseguia a chuva...

Tenho mais a relatar, mas preciso descansar.

Continua...

Finalmente a partida.

Publicados• 19 de nov. de 2012

    Pane Seca

    Consegui sair de casa um dia após a ultima postergação de data...

Exatamente as 09:40h, do dia 18 de novembro com aquela temperatura de 16 ºC, saí de São Bernardo Campo rumo à cidade de Jataí no estado de Goiás. Teria conseguido se uma Pane Seca não tivesse ocorrido. Que vergonha! Após muitos anos de estrada, deixei isto acontecer. Coisa de principiante... Estava indo tudo muito bem, e após ter percorrido aproximadamente 800 Km, a moto redonda, motor roncando gostoso e a tarde caindo com a temperatura em torno de 28  ºC, o ar quente me dava incentivos para continuar. Me empolguei pois eu estava me sentindo bem e com disposição para chegar ao destino programado. Passei por alguns postos de combustível, porém, eu não parei pois queria abastecer próximo ao local em que estive em uma viagem de reconhecimento que fiz à um ano e meio atrás. Eu sabia que existia um posto adiante... só que o mesmo virou um boteco e aí o bicho pegou. Não tive outra alternativa a não ser prosseguir. Faltando três quilômetros para chegar ao próximo posto, a gasolina acabou. Já era noite e eu estava no meio do nada em um trecho em declive e bem lá embaixo avistei um sinal de pisca alerta no meio da escuridão. 

    Continuei descendo até chegar onde estava o veículo. Era um Gol com pane elétrica. O seu dono estava aguardando socorro da cidade próxima (São Simão). Tentei ajudá-lo verificando se havia algum fusível queimado, mas infelizmente não havia. Após mais ou menos cinco minutos o socorro chegou e o mesmo acabou me ajudando indo buscar um pouco de gasolina no posto mais próximo. Obs.: Eu particularmente não gosto nenhum pouco destes carinhas que andam com o seu carro com o som ligado no último volume geralmente escutando estes rúidos que chamam de música, pois bem, o cara que me socorreu era um destes...PQP. Eu não via a hora de sair daquele lugar, e assim, eu consegui percorrer 900 km no primeiro dia. A pane seca ocorreu exatamente no lugar certo! Acho que o cara lá de cima me deu mais uma mãozinha!

    Bem, as fotos ficarão para a próxima postagem, pois a minha máquina fotográfica que comprei especialmente para esta viagem quebrou na primeira tentativa em tirar uma foto.     No dia seguinte,  utilizei o meu celular para fazer algumas fotos, porém, não deu muito certo pois não saíram com boa resolução.


    Hoje cheguei em Cuiabá e amanhã o destino é Porto Velho. Bem provável que não será possível visto que a estrada é ruim e caminhões a dar com pau e se chover como hoje 150 km de chuva, a quilometragem será baixa.       Continua.

Após a pane seca, a primeira foto próximo a Goiás

Quilômetros e mais quilômetros de soja no acostamento - desperdício injustificável